Literacia em Osteopatia na População Portuguesa: Um Estudo Observacional

Autores

  • N. Campelo Escola Superior de Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal
  • H. Sousa Escola Superior de Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal
  • L. Azêdo Escola Superior de Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal
  • L. Lessa Escola Superior de Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.51126/24wpec98

Palavras-chave:

Literacia em saúde, osteopatia, saúde pública, terapêutica complementar, conhecimento

Resumo

Introdução: A literacia em saúde é essencial para decisões informadas relativamente à saúde individual e coletiva. Níveis reduzidos de literacia estão associados a desfechos clínicos negativos. A osteopatia, reconhecida em Portugal como terapêutica não convencional, permanece pouco compreendida pela população, limitando a sua integração efetiva nos cuidados de saúde. Objetivos: Avaliar o nível de literacia em osteopatia da população portuguesa, explorando o conhecimento, perceção e experiências relacionadas com esta abordagem terapêutica. Metodologia: Estudo observacional baseado na aplicação de um questionário digital com 30 questões sobre osteopatia. Este foi elaborado pelos investigadores, sujeito à validação de um painel de júri. O inquérito foi divulgado por amostragem em bola de neve, decorrendo durante 30 dias. A amostra incluiu 179 participantes com idade superior a 18 anos. A análise estatística foi realizada com estatística descritiva no SPSS 28.0, avaliando variáveis sociodemográficas e respostas sobre o conhecimento da prática osteopática. Resultados: A maioria dos participantes era do sexo feminino (81%) e residia em áreas urbanas (65,4%). Relativamente ao conhecimento sobre osteopatia, 55,9% consideravam-na uma área médica autónoma e 34,6% reconheciam o seu foco em disfunções músculo-esqueléticas. Apenas 6,1% admitiram não conhecer a osteopatia. Cerca de 44,7% dos inquiridos já tinham recorrido a esta terapêutica, dos quais 41,9% reportaram benefícios clínicos. Embora 77,7% reconhecessem o seu papel preventivo, 78% desconheciam a “lei da artéria”. A osteopatia foi maioritariamente percecionada como uma terapia complementar (60,9%). Conclusões: O nível de literacia em osteopatia na população portuguesa é moderado, com melhor compreensão do seu papel clínico do que dos seus princípios filosóficos. A aceitação da osteopatia como complemento à medicina convencional evidencia a necessidade de estratégias educativas e maior divulgação científica para promover a sua integração nos cuidados de saúde.

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Publicado

2025-08-21

Como Citar

Literacia em Osteopatia na População Portuguesa: Um Estudo Observacional. (2025). RevSALUS - Revista Científica Internacional Da Rede Académica Das Ciências Da Saúde Da Lusofonia, 7(SupII), 103-104. https://doi.org/10.51126/24wpec98