Malária importada subpatente e transmissão congénita em bebé de três meses: estudo de Caso
DOI:
https://doi.org/10.51126/vvsred24Keywords:
Malária importada, parasitémia subpatente, Plasmodium falciparum, malária congénitaAbstract
Introdução: Casos de malária importada de países da África Subsaariana para a Europa podem apresentar densidades parasitárias muito baixas e infeções assintomáticas. Na ausência de uma política de rastreio no ponto de entrada, estas podem representar uma ameaça à saúde pública, dado o potencial de transmissão em áreas onde existam vetores competentes e condições favoráveis (Corbacho-Loarte et al., 2022). As ferramentas de diagnóstico molecular ultra-sensíveis são essenciais para detetar infeções em contextos de baixa densidade parasitária (Hoffman et al., 2015). Objetivos: O objetivo deste estudo foi investigar um caso de malária congénita num bebé de três meses. Metodologia: A extração total de DNA foi realizada a partir de gotas de sangue seco em papel de filtro. Ensaios moleculares foram realizados para avaliar a densidade parasitária, utilizando curvas padrão preparadas com diluições de DNA em série de 10 vezes, obtidas do clone 3D7 de P. falciparum. A confirmação foi realizada através da deteção e quantificação do DNA do parasita na mãe, no Cartão de Guthrie do bebé ao 4. º dia de vida, bem como aquando da admissão do bebé na urgência hospitalar. As qPCR e dPCR de alta sensibilidade foram utilizadas principalmente para estimar as densidades do parasita e confirmar os resultados por um segundo método mais sensível. Resultados: Tanto os ensaios de qPCR quanto de dPCR confirmaram a presença de parasitas P. falciparum no sangue periférico do lactente quatro dias após o nascimento, com densidades parasitárias muito baixas. Esses achados estão de acordo com os níveis de parasitémia observados na mãe, reforçando ainda mais as evidências de transmissão vertical. Conclusões: Este caso destaca a utilidade de alvos e métodos de detecão ultra-sensíveis, como a qPCR pfvarATS e a dPCR, para identificar infeções submicroscópicas de malária em grupos de maior risco, como gestantes e lactentes. Os resultados destacam a importância dos métodos moleculares nas estratégias de diagnóstico e controlo da malária.
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