Elementos químicos e gestão cemiterial: A influência do local de enterramento na de-composição cadavérica

Autores

  • Angela Silva Bessa University of Coimbra, Centre for Functional Ecology, Laboratory of Forensic Anthropology, Department of Life Sciences, Coimbra, Portugal
  • Rui Azevedo LAQV-REQUIMTE, Laboratory of Applied Chemistry, Department of Chemical Sciences, Faculty of Pharmacy, University of Porto, Porto, Portugal
  • Agostinho Almeida LAQV-REQUIMTE, Laboratory of Applied Chemistry, Department of Chemical Sciences, Faculty of Pharmacy, University of Porto, Porto, Portugal
  • Lorna Dawson Centre for Forensic Soil Science, Environmental and Biochemical Sciences Department, The James Hutton Institute, Aberdeen, Scot-land
  • Shari L. Forbes Department of Chemistry and Biochemistry, University of Windsor, Windsor, Ontario, Canada
  • Maria Teresa Ferreira University of Coimbra, Centre for Functional Ecology, Laboratory of Forensic Anthropology, Department of Life Sciences, Coimbra, Portugal
  • Ricardo Jorge Dinis Oliveira UCIBIO - Applied Molecular Biosciences Unit, Translational Toxicology Research Laboratory, University Institute of Health Sciences (1H-TOXRUN, IUCS-CESPU), Portugal

DOI:

https://doi.org/10.51126/revsalus.v7isup.996

Palavras-chave:

Antropologia forense; cemitérios; tafonomia forense

Resumo

Nas últimas duas décadas, diversos cemitérios portugueses têm vindo a debater-se com a escassez de espaço de enterramento. Este fenómeno é sobretudo devido à impossibilidade de proceder à exumação de um indivíduo aquando a sua esqueletização incompleta e, consequentemente, reutilizar a sepultura. Com o objetivo primordial de melhor compreender de que forma a composição química do local de enterramento condiciona a decomposição cadavérica, um total de 112 amostras de solo de sepulturas de cinco cemitérios portugueses foram colhidas e 28 elementos químicos foram considerados com recurso a espectrometria de massa por plasma acoplado indutivamente (ICP-MS). Um total de 56 amostras de cabelo e 19 amostras de unhas foram colhidas em indivíduos inumados e analisadas com o mesmo propósito. De um modo geral, diferenças estatisticamente significativas (p  < 0.05) foram obtidas entre indivíduos esqueletizados e indivíduos preservados para todas as matrizes analisadas. Contudo, as concentrações mais elevadas foram detectadas em indivíduos completamente esqueletizados contrariando, assim, a hipótese inicialmente proposta pelos autores. Deste modo, acredita-se que as condições de enterramento sofreram alterações ao longo do período de inumação que conduziram à total desintegração dos tecidos moles mesmo que estes tenham sido inicialmente preservados devido à elevada concentração de alguns elementos químicos.

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Publicado

2025-06-20

Como Citar

Elementos químicos e gestão cemiterial: A influência do local de enterramento na de-composição cadavérica. (2025). RevSALUS - Revista Científica Internacional Da Rede Académica Das Ciências Da Saúde Da Lusofonia, 7(Sup), 9. https://doi.org/10.51126/revsalus.v7isup.996