Inquérito telefónico sobre a utilização de medicina herbal em Portugal e aferição da validade científica dos usos reportados
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v6i3.843Palavras-chave:
Inquérito, medicinal herbal, fitoterapia, plantas medicinais, PortugalResumo
Introdução: Portugal tem uma longa tradição de uso de plantas e preparações à base de plantas com fins medicinais (PM), mas poucos estudos sobre a sua utilização nos dias de hoje. O exercício profissional da fitoterapia foi regulamentado recentemente, podendo garantir mais eficácia e segurança à população.
Objetivos: 1. Avaliar a utilização de PM em Portugal, incluindo as atitudes, comportamentos, fontes de informação, métodos de aquisição e funções na gestão da saúde das PM, bem como identificar as plantas mais utilizadas e as condições visadas. 2. Aferir a validade destas utilizações face à evidência científica existente.
Material e métodos: foi realizada uma entrevista estruturada por telefone, e os seus resultados analisados.
Resultados: a amostra foi de 272 indivíduos. As PM são consideradas adequadas principalmente para prevenção ou problemas de saúde menores. O conhecimento familiar serve como principal fonte de informação e os supermercados/lojas de ervas como principais locais de aquisição, sendo o ‘chá’ a forma preferida. Foram relatados apenas dois casos de efeitos adversos de fraca gravidade. As condições comumente visadas incluem gripe, constipação, tosse, desconforto digestivo e insónia. As plantas mais utilizadas são: eucalipto, sabugueiro, tomilho, limão, hortelã-pimenta, equinácea, cidreira, camomila, valeriana e passiflora.
Conclusões: as PM são usadas sobretudo para patologias ligeiras e gestão de situações crónicas. Os usos reportados são maioritariamente suportados pela evidência científica. Seria importante uma maior atenção da comunidade médica em relação ao uso de plantas medicinais pelos pacientes, idealmente em colaboração com os profissionais de fitoterapia e naturopatia.
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