Saúde e educação materno-infantil no Gungo: projeto investigação-ação

Autores

  • Manuela Ferreira Escola Superior de Saúde/Instituto Politécnico de Viseu, Portugal.
  • Joana Andrade Centro Hospitalar Tondela Viseu, Portugal.
  • Inês Figueiredo ACES Dão Lafões, Viseu, Portugal.
  • Vitor Martin ACES Dão Lafões, Viseu, Portugal.
  • Graça Aparício Escola Superior de Saúde/Instituto Politécnico de Viseu, Portugal.
  • Paula Nelas Escola Superior de Saúde/Instituto Politécnico de Viseu, Portugal.
  • Sofia Campos Escola Superior de Saúde/Instituto Politécnico de Viseu, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSup.598

Palavras-chave:

Capacitar, educação materno-infantil, mortalidade infantojuvenil

Resumo

Introdução: De acordo com o Observatory Report a taxa de mortalidade infanto-juvenil em Angola continua a ser superior à média dos restantes países africanos e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cobertura médica média no país é de 2 médicos para 10.000 habitantes, longe do dos valores de referencia da OCDE de 3,1 médicos por 1.000 habitantes. Em 2016, a Saúde em Português realizou um diagnóstico de situação e inquiriu promotores de saúde e parteiros/as do Gungo (n=32; 25%): em 10 meses realizaram 261 partos, registaram 116 mortes infantis e 10% de mortes maternas relacionadas com o parto. Objetivo: O objetivo geral deste projeto é contribuir para o desenvolvimento humano, através da formação de técnicos de saúde para a prestação de cuidados de saúde seguros na área materno- infantil. Metodologia: Estudo de investigação ação envolvendo 30 formandos, que após avaliação diagnóstica com aplicação de um questionário construído para o efeito, frequentam um plano formativo de 2 anos com cerca de 360 horas teórico-práticas, organizadas em módulos de uma semana. A formação pretende responder às lacunas identificadas no âmbito da preconceção; planeamento familiar, gravidez, parto, cuidados puerperais; cuidados neonatais e pediátricos. Segue –se a avaliação da eficácia formativa com nova aplicação do mesmo questionário, tratamento e análise dos resultados obtidos. Resultados: Capacitar técnicos de saúde, tais como, enfermeiros/as, promotores de saúde e parteiros/as, para a vigilância na gravidez, assistência no trabalho de parto e vigilância em idade pediátrica até aos 5 anos de idade; aumentar conhecimentos técnico-científicos na área da saúde materno-infantil. Pretendemos ainda formar 5 enfermeiros para serem futuros formadores nesta área. Com este projeto, para além dos 30 técnicos de saúde beneficiados diretamente, beneficiarão cerca de 7 786 mulheres em idade fértil e 6 794 crianças, alcançando assim um total aproximado de 14 610 pessoas. Conclusão: É imprescindível capacitar os promotores de saúde para a prestação de cuidados de saúde materno-infantis de qualidade e realização de partos seguros com capacitação para a resolução rápida de intercorrências agudas.

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Publicado

2023-07-13

Como Citar

Saúde e educação materno-infantil no Gungo: projeto investigação-ação. (2023). RevSALUS - Revista Científica Internacional Da Rede Académica Das Ciências Da Saúde Da Lusofonia, 5(Sup), 75-76. https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSup.598

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