Fisioterapeuta e utentes COVID-19: perfil profissional, organizacional e de intervenção

Autores

  • Carla Leão Escola Superior de Saúde Atlântica - ESSATLA, Barcarena; Instituto Português de Relações Internacionais, Universidade Nova de Lisboa, Portugal.
  • Lia Jacobsohn Escola Superior de Saúde Atlântica - ESSATLA, Barcarena, Portugal.
  • Maria Ana Neves Escola Superior de Saúde Atlântica - ESSATLA, Barcarena, Portugal.
  • Filipa Ricardo Escola Superior de Saúde Atlântica - ESSATLA, Barcarena, Portugal.
  • Diogo J. Tomás Escola Superior de Saúde Atlântica - ESSATLA, Barcarena, Portugal.
  • Pedro Seixas Escola Superior de Saúde Atlântica - ESSATLA, Barcarena, Portugal.
  • Lara Costa e Silva Escola Superior de Saúde Atlântica - ESSATLA, Barcarena, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSup.568

Palavras-chave:

Fisioterapeuta, COVID 19, perfil profissional, perfil organizacional, perfil de intervenção

Resumo

Introdução: Os Fisioterapeutas (FTs) durante a pandemia de COVID-19 desempenharam um papel determinante ao nível dos cuidados de saúde diferenciados e primários, reduzindo a pressão no Sistema Nacional de Saúde. A maioria dos profissionais e das instituições de saúde alteraram padrões laborais e clínicos para responderem ao novo paradigma e aumento do volume de utentes (Halpin et al., 2021; Thomas et al., 2020; Antony & Soundararajan, 2021). Objetivos: Identificar o perfil profissional, organizacional e de intervenção do FT em Portugal durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Estudo descritivo através de questionário on-line disponibilizado entre maio de 2021 e maio de 2022, divulgado nas redes sociais. A amostra foi constituída por FT’s em exercício no distrito de Lisboa, a intervir em utentes com COVID-19 (n=57). Resultados: Do total de respondentes, 53% exerce no setor privado, 42% no setor público e 5% no setor social. Apenas 30% da amostra total já tinha experiência anterior em intervenção na disfunção cardiorrespiratória. Quase metade (43%) dos FT’s referiram que as instituições têm lista de espera, não conseguindo dar resposta a todos os utentes. Em média são tratados 7 utentes/ dia, em que 68% dos FT’s referiram não estar satisfeito relativamente à qualidade da intervenção. A maioria (53%) utilizaram guidelines para suportar a sua intervenção. Todos os FT’s referiram que os utentes apresentavam diminuição da tolerância ao esforço, e os outros sintomas mais relatados foram atrofia muscular generalizada, dificuldade respiratória e/ou alterações do equilíbrio, fraqueza muscular membros inferiores e dependência nas AVD’s. Conclusões: O FT intervém em todas tipologias de unidades e serviços de saúde, com média de utentes considerável e listas de espera crescentes, existindo utentes sem intervenção, por falta de indicação. Apresentam baixo grau de satisfação relativamente à qualidade de intervenção, pelo número elevado de utentes, falta de tempo e de fisioterapeutas e necessidade de formação específica. A emergência do COVID-19 exigiu uma adaptação no modelo de intervenção do FT e muitos foram obrigados a alterar a sua área de intervenção. Concordantemente, pretendendo cuidados de excelência recorreram a Guidelines decorrentes da melhor evidência científica.

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Publicado

2023-07-06

Como Citar

Fisioterapeuta e utentes COVID-19: perfil profissional, organizacional e de intervenção. (2023). RevSALUS - Revista Científica Internacional Da Rede Académica Das Ciências Da Saúde Da Lusofonia, 5(Sup), 52. https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSup.568

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