Questões de gênero na formação graduada em Terapia Ocupacional no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v4i1.186Palavras-chave:
ensino, formação superior, gênero, sexualidade, Terapia OcupacionalResumo
Introdução: As opressões de gênero e sexualidades que as pessoas vivenciam na vida cotidiana implicam no envolvimento ocupacional e, desta forma, é necessário que este tema seja incorporado na formação graduada de terapeutas ocupacionais. Objetivo: Identificar e caracterizar os meios que informam a incorporação do tema “questões de gênero” na formação graduada em Terapia Ocupacional no Brasil. Material e Métodos: Foi conduzida uma pesquisa exploratória e descritiva, de natureza quali-quantitativa, entre abril de 2020 e maio de 2021. Foram garimpados documentos (meios) nos sites eletrônicos de 36 cursos de graduação em Terapia Ocupacional de universidades brasileiras, relacionados à matriz curricular, Projetos Político Pedagógicos (PPP), currículos acadêmicos (disponíveis, de modo eletrônico, na Plataforma Lattes - CNPQ) e planos de aula. Foi utilizada estatística descritiva simples, abordagem de análise documental e de conteúdo para o tratamento dos dados. Resultados: Dos 384 documentos garimpados, 65,3% abordam temas relativos as “questões de gênero”. No entanto, este percentual diz apenas a 19,4% do universo de cursos de Terapia Ocupacional, concentrados em 6 universidades, 5 públicas e 1 privada. E os temas são desenvolvidos majoritariamente em ações de pesquisa. Conclusão: Temas sobre "questões de gênero" são pouco abordados, de modo oficial, na formação em Terapia Ocupacional no Brasil. No entanto, mudanças são observadas com a revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para reorientar os PPP e os currículos da graduação. Isso se mostra oportuno devido o intenso engajamento de docentes-pesquisadores/as, estudantes e terapeutas ocupacionais na pauta dos direitos sociais e humanos de minorias de gênero e sexuais.
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