Influência de um ano académico atípico nos níveis de atividade física de alunos de Fisioterapia do 1º ano
DOI:
https://doi.org/10.51126/revsalus.v4i1.174Palavras-chave:
COVID-19, IPAQ, estilo de vida, atividade física, estudantesResumo
Introdução: Portugal é um dos países da União Europeia com menor taxa de Atividade Física (AF), com apenas 40% da população ativa. Durante o período universitário, ocorre uma coincidência de aumento da autonomia e tomada de decisão dos alunos e mudanças de hábitos de vida, geralmente associadas à diminuição da prática de AF. Em termos percentuais, 30% dos estudantes universitários são considerados fisicamente inativos. São poucos os estudos sobre os níveis de AF em alunos do ensino superior, nomeadamente no curso de Fisioterapia, e menos ainda que relacionem esta temática com as medidas de contenção impostas, devido à pandemia do COVID-19. Objetivo: Descrição e comparação dos níveis de AF dos alunos matriculados no 1.º ano do Curso de Fisioterapia, no ano letivo 2019/2020. Entender se há diferenças na prática de AF, em diferentes épocas do ano letivo, uma delas é o período de lockdown. Métodos: os dados foram recolhidos por meio do “Questionário Internacional de Atividade Física” (IPAQ). Foi dividido em 3 momentos (período letivo sem avaliações, período de exames e lockdown), sendo um estudo longitudinal. Resultados: Os estudantes de fisioterapia parecem ser ativos quanto ao parâmetro de frequência de AF. Com o lockdown, houve aumento do nível de AF em 20% dos alunos em relação ao período letivo sem avaliações, com 14,3% sendo elevado para nível alto de AF. Destaca-se a grande percentagem de alunos (42,9%) que mantêm nível alto de AF. Houve diferença significativa do 1º para o 2º momento, no nível do IPAQ, com diminuição da AF (p = 0,03) no período de exames. Discussão: No período de exames, embora a carga horária seja menor, parece ter havido uma diminuição dos níveis de AF. No lockdown presume-se que os aspetos foram retirados, o que em uma situação normal comprometeria a prática da AF, levando a melhores resultados em algumas das variáveis. O lockdown não parece ter tido um impacto negativo na AF. Conclusão: O objetivo deste estudo foi alcançado, estabelecendo um ponto de partida para a avaliação dos níveis de AF, em estudantes universitários, no período do COVID-19. Como a amostra é composta por futuros profissionais de saúde, é importante que eles sejam os primeiros a adotar um estilo de vida ativo, promovendo-o assim.
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